domingo, 30 de maio de 2010

REBEA presta homenagem, no mês da mulher, a Cylene Gama


REBEA presta homenagem, no mês da mulher, a Cylene Gama
Texto: Rosi Cheque. Foto: divulgação

A maioria dos poetas diz ser o sexo feminino mais intuitivo e misericordioso. Diante da competição prefere investir na colaboração. Já para alguns pesquisadores são atribuições sociais que as tornam mais próximas aos apelos por paz, justiça, igualdade e por equilíbrio ambiental. A compaixão, a cooperação e os cuidados com o outro são, impreterivelmente, reconhecidos como elementos do feminino.
Para comemorar o dia internacional da mulher (8/3) a REBEA escolheu a historiadora Cylene Gama, fundadora do Mudeavida, braço feminista do Instituto Serrano Neves, para homenagear visto seu trabalho ter como foco a figura feminina.
Instituto Serrano Neves
Cylene Gama começou a entrevista falando que o Instituto Serrano Neves é uma ong voltada aos estudos jurídicos e ambientalistas, com ênfase em recursos hídricos, mais notadamente nos do Lago da Serra da Mesa em Goiás que, aliás, é o maior reservatório artificial de água doce do Brasil. A educadora, que também é Gestora Operacional do Instituto, idealizou, há três anos, o “Mulheres em Defesa da Água e da Vida – MUDEAVIDA”.
Mudeavida
Segundo a historiadora, “Mulheres em Defesa da Água e da Vida – MUDEAVIDA” surgiu da necessidade de integrar de forma pragmática a participação feminina na defesa do patrimônio ecológico do Lago da Serra da Mesa. O trabalho prevê e incorpora abordagens corpo a corpo, de porta em porta, nos mercados e nas feiras-livres, instigando e tentando conscientizar mulheres indiferentes e apáticas à Natureza. “Nossa proposta é incorporar, efetivamente, mulheres na defesa do meio ambiente”.
Vida
A vida de Cylene Gama está voltada ao estudo e ao voluntariado, exemplo herdado de seu pai e, hoje, potencializado junto ao Procurador Paulo Mauricio Serrano Neves –companheiro de vida e de lutas ideológicas.

“Nos idos de 60 recebi do Governador do Estado da Flórida o diploma de ‘Cidadã Honorária do Estado da Florida’ por serviços voluntariados prestados. Mais tarde, estenderia esse voluntariado a Boston, ambos nos Estados Unidos, ensinando a língua inglesa para imigrantes de origem hispânica. Recentemente, traduzi e interpretei para a TV Cultura de São Paulo a ‘palestra documentárioPublicar postagem’ do cientista Fritjof Capra”, lembrou a educadora.
“Tendo viajado dezenas de vezes para os Estados Unidos, Europa e Oriente atuando como tradutora e intérprete simultânea em congressos, simpósios e feiras. Logo, me foi possível incorporar valores diferenciados de culturas mais e menos evoluídas que as do meio onde atuo, fazendo concessão ao ‘diferente’ e ao ‘incomum’ que pudesse (e possa) ser incorporado e aproveitado – materializando a cultura do ‘pense global e aja local’”, disse a educadora.
A educadora relatou ser egressa da indústria. “Fiz carreira até o cargo de secretária da presidência de 3 multinacionais quando, então, optei pela autonomia profissional. Ciente das limitações que são impostas a ‘mulher profissional’ em termos de cargos e salários busco conscientizá-las da necessidade de superar o ‘gap tecnológico’ que separa os sexos. Para tanto, faço palestras em escolas, associações comercias, etc, para que  estas busquem um futuro profissional melhor”.
Ambientalista militante, Cylene atua, ainda, junto a associações voltadas para com o respeito à raça negra, proferindo palestras sobre ambos os tópicos.
“Sou uma pessoa de bem com a vida. Aos 63 anos amo e sou amada. Posso dizer com o maior orgulho que vivo para servir”, concluiu Cylene Gama, que também é pós-graduada em Latin American History and Politics, em Massachussetts (EUA) e em Hotelaria e Turismo, no SENAC.